SCUM Manifesto & The Twig Benders: 50th Aniversary

Good

Acho curioso (ou talvez significativo) não haver uma tradução desse livro para o português, principalmente devido ao seu valor histórico. Descobri Valarie Solanas lendo um livro da Olivia Laing sobre solidão e arte na cidade de Nova Iorque. Ela foi a mulher que atentou contra a vida de Andy Warhol. Depois li a respeito dela em mais dois outros livro, o Please, Kill me e o Testo Junkie do Paul B. Preciado. Senti que era a hora de ler o manifesto. Solanas propõe a extinção dos homens. Fiquei chocada. Mas não acho que ela seja radical. Tudo que há de ruim no mundo (o livro/panfleto foi escrito no mágico ano de 1968) é culpa do homem, que é frustrado e precisa de poder para se reafirmar. Gostei muito da parte sobre arte e high education, que são dominadas até hoje por teorias escritas por homens. Só de eliminar essas influências já teríamos uma grande revolução. O exercício de imaginação pode ser libertador, ainda que eu não seja a favor da extinção dos homens, não consigo me desconstruir a esse ponto. Um adendo quanto a essa edição do livro, com notas explicativas muito boas e atualizadas. Inclusivo o fato que Solanas previu o conceito de internet antes da existência dela.